“É um pequeno passo para um homem,
mas um gigantesco salto para a Humanidade”.
Neil Armonstrong, ao pisar na Lua em 20 de julho de 1969
No dia 20 de junho próximo é comemorado o aniversário da chegada do homem à Lua. Desde o feito inédito, já se foram quarenta anos. A “conquista” da Lua foi alvo de disputa política e despertou a imaginação humana na época. Recordo-me do cinema. Para mim, sem o filme 2001, uma Odisséia no Espaço, as imagens do homem chegando e “passeando” na Lua não teriam o mesmo impacto.
Muitos dos que já viviam se lembram daquele dia como singular. Uma emissora de televisão faz, agora, uma chamada para um especial sobre a efeméride. Solicita que personalidades famosas relatem o que estavam fazendo naquele dia.
Eu era, então, um jovem com olhos pregados na televisão. A visão daquela figura meio cangurulesca saltitando pela Lua deu-me a sensação de que, para o homem, nada era impossível.
Bom ser jovem, crédulo e vivendo a certeza de que pertencia a uma espécie ainda imperfeita, mas quase divina.
Quarenta anos depois, o entusiasmo arrefeceu. Nas viagens espaciais, não se foi muito mais longe. A consciência das enormes distâncias cósmicas é hoje mais presente. A minha crença sobre a quase divindade da espécie humana também se foi.
Estamos tão longe de aspirar à divindade quanto as estrelas que, então, desafiavam a nossa imaginação.
Saudades…