Posts Tagged ‘Geraldo Vandré’

Depoimentos de leitores

dezembro 15, 2008

Recebemos, como comentário a um de nossos posts sobre Geraldo Vandré, o seguinte texto de Fausto do Rosario, de Cabo Verde:

Em 1976, tinha eu quinze anos e era estudante na cidade do Mindelo, Ilha de Sao Vicente, quando o advogado, homem de cultura e da resistencia caboverdeana ao colonialismo, Henrique Oliveira Barros, sugeriu-me que deixasse em paz Chico Buarque e a “Valsinha” e colocasse no gira-discos um LP em capa de papel castanho e escolhesse a primeira faixa chamada “Caminhando”… ´

Foi assim que conjuntamente com Wilhelm Reich (Escuta Ze Ninguem), Bob Dylan, Henry Miller e Joan Baez tomei contacto com este compositor/poeta excepcional que para mim e patrimonio da lusofonia e da herança comum da luta pela dignidade e liberdade do ser humano…

As musicas/letras de Vandre tornaram-se parte da minha vida e, hoje, professor de lingua portuguesa no Liceu de Sao Filipe na Ilha do Fogo, Cabo Verde, encontro sempre uma forma de o divulgar junto aos meus alunos… O efeito continua a ser o mesmo de ha 32 anos atras: um Ah de espanto e uma vontade imensa de conhecer mais…


Obrigado Vandre!
 
 

 

Resolvemos publicar o comentário como um post, para destacá-lo, para introduzir uma informação aos leitores e para fazer um convite.

A informação: vamos criar uma nova categoria de post – comentários importantes – para publicar em destaque todos os comentários que incluam depoimentos pessoais sobre a influência dos movimentos culturais, sociais e políticos da década de 60 na vida dos autores.

O convite: escrevam seus depoimentos como comentários, que nós os trasnformaremos em posts. Ajudem a enriquecer Arquivo68!

Geraldo Vandré, 70 anos

junho 25, 2008

Deparei com o texto abaixo no site Digestivo Cultural. Comuniquei-me com o autor que gentilmente autorizou sua reprodução aqui no ARQUIVO 68.

por Vitor Nuzzi

“O problema é que você quer falar com Geraldo Vandré. E Geraldo Vandré não existe mais, foi um pseudônimo que usei até 1968.” Ele estava particularmente irritado naquela noite, em agosto de 1985.

Há pouco, ficara sabendo que não haviam permitido o acesso ao prédio a um antigo porteiro.
Naquela noite, conheci um pouco da fúria daquele homem de voz grave, que estava prestes a completar 50 anos e vivia, como ainda vive, em um antigo prédio na região central de São Paulo, com o apartamento mergulhado na penumbra e cheio de livros por todos os lados. E pelo menos um violão.

O próprio Geraldo havia ligado para mim, meses antes, depois que eu, ainda estudante de Comunicação, tinha conseguido localizar o seu telefone na hoje extinta Superintendência Nacional de Abastecimento (Sunab), em que ele trabalhava como fiscal – cassado em 1968, havia sido anistiado em 1979.

Deixei recado ao doutor Geraldo Pedrosa, e na manhã seguinte uma voz empostada fala comigo. “Aqui é Geraldo. Você ligou para mim?” Combinamos de nos encontrar à noite, por volta de 19h. “Por volta, não. Às 19h”, decretou Geraldo.

O paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias completou 70 anos no dia 12 de setembro de 2005. Nascido em João Pessoa, aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro. Entre ginásio e colégio, passou por Nazaré da Mata (PE) e Juiz de Fora (MG). No Rio, estudou Direito (de 1957 a 1961) para satisfazer a família, mas depois pendurou o diploma e foi viver de música. Ou de arte.

O sobrenome artístico veio do segundo nome do pai, o médico José Vandregísilo. Começou usando o nome artístico de Carlos Dias, homenagem aos cantores Carlos Galhardo e Carlos José. O Dias era de seu próprio sobrenome.

Foi influenciado pela Bossa Nova, mas depois introduziu outros elementos em sua música – “em termos musicais, ele começava a travar uma luta sonora com o meio ambiente da bossa nova e com suas próprias influências jazzísticas”, escreveu o crítico Tárik de Souza, em artigo publicado no livro Oitenta (L&PM Editores, 1979).

E os seus 70 anos passaram despercebidos. Geraldo andava, inclusive, meio sumido até poucas semanas atrás, quando os atendentes de uma padaria na região central de São Paulo, reencontraram o antigo freqüentador, que continua no mesmo velho apartamento, mas costuma se ausentar com freqüência.

Sempre de camisa branca, normalmente com símbolos da Força Aérea Brasileira (FAB). Também é assim que os funcionários de um restaurante na rua Xavier de Toledo, perto dali, costumam vê-lo. Camisa branca e vastos cabelos brancos. Um homem magro, que normalmente almoça sozinho.

Vandré, militares, Força Aérea? A relação parece estranha, mas vem dos tempos de criança. O pequeno Geraldo tinha 4 anos quando explodiu a 2ª Guerra Mundial, e ele gostava de imitar o vôo de caças. “Porque só tu soubeste enquanto infante/ As luzes do luzir mais reluzente/ Pertencer ao meu ser mais permanente” são os versos finais de “Fabiana”, escrita em 23 de outubro de 1985 “em honra da Força Aérea Brasileira”.

Daí o nome, “Fabiana”. Em 1995, ele esteve presente a uma comemoração da Semana da Asa, em que cadetes da FAB cantaram a sua composição. “Musicalmente é uma valsa. Literariamente, compõe de três estrofes de seis decassílabos e um refrão de três versos de seis sílabas”, explicou, didático, em entrevista ao jornal paulistano Diário Popular (atual Diário de São Paulo) em 26 de julho de 1991.

Dez entre dez pessoas citarão “Pra não Dizer que não Falei das Flores” (subtítulos “Caminhando” e “Sexta Coluna”) como a sua música mais famosa. Outros lembrarão de “Disparada”, celebrizada por Jair Rodrigues. Poucos, certamente, lembrarão de “Pequeno Concerto que virou Canção”, “Samba em Prelúdio”, “Quem Quiser Encontrar Amor”, “Canção Nordestina”.

E quem lembrará que foi Vandré quem primeiro defendeu uma música de Chico Buarque em um festival? Pois foi ele quem cantou “Sonho de um Carnaval”, do novato Chico, no 1° Festival de Música Popular Brasileira, em 1965. Os dois dividiriam o prêmio do Festival da Música Popular Brasileira em 1966, quando “A Banda”, de Chico, e “Disparada”, de Vandré e Théo de Barros, dividiram a torcida.
“A Banda” ganhou no júri, mas o prêmio foi dividido por imposição do próprio Chico.

Em setembro de 1968, seria a vez de Vandré sair em defesa de Chico – e de Tom Jobim –, diante de milhares de pessoas no Maracanãzinho (jornais da época falam em 30 mil), no Rio de Janeiro. A maioria queria ver “Caminhando” como vencedora da fase nacional do 3° Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo, e por isso vaiava a decisão do júri, que escolhera “Sabiá”.

“Antônio Carlos Jobim e Chico Buarque de Hollanda merecem o nosso respeito. (…) Pra vocês que continuam pensando que me apóiam vaiando… (…) A vida não se resume em festivais”, disse Vandré, enquanto a multidão acenava com lenços brancos.

Pouco depois, em dezembro de 1968, ele sumiu dos palcos. Naquele período, “Pra não Dizer que não Falei das Flores” foi proibida e sua cabeça, posta a prêmio. Em artigo publicado em outubro daquele ano no jornal O Globo, Nélson Rodrigues chegou a afirmar que “nunca se viu uma Marselhesa tão pouco Marselhesa”. Sentindo-se ameaçado, Vandré decidiu desaparecer (na mesma época, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram presos).

Segundo o compositor Geraldo Azevedo, no dia em que foi decretado o Ato Institucional 5 (13 de dezembro de 1968), Vandré e o Quarteto Livre (do qual Azevedo fazia parte) iriam se apresentar em Brasília. Depois de permanecer escondido por amigos, ele fugiu disfarçado e com passaporte falso no carnaval de 1969.

No Chile, seu primeiro destino, Vandré manteve contatos com artistas locais e gravou um compacto com as músicas “Desacordonar” e “Caminando” – quem recebeu da mão dele um desses compactos tem o exemplar numerado pelo próprio autor.

De lá, viajou para a Europa – no final de 1970, gravaria na França o pungente “Das Terras de Benvirá”, seu quinto LP – e seria o último, lançado no Brasil apenas em 1973 (na França, foi lançado um compacto, “La Passion Bresilienne”). “Foi algo quase de improviso”, conta Marcelo Melo, que participou da gravação e pouco depois formaria o grupo Quinteto Violado. Em 1971, Vandré voltou ao Chile.

Em 1972, ganharia um festival no Peru com “Pátria Amada Idolatrada, Salve, Salve”, parceria com Manduka (falecido em 2004), filho do poeta Thiago de Mello e da jornalista Pomona Politis. O retorno oficial ao Brasil aconteceu em 21 de agosto de 1973. “Quero agora só fazer canções de amor e paz”, declarou ao Jornal Nacional, na chegada, em Brasília, lembrando que nunca esteve vinculado a qualquer grupo político.

Na verdade, Vandré teria chegado ao Brasil um mês antes, em julho de 1973. Foi direto ao I Exército, no Rio de Janeiro. A sua permanência no país teria sido condicionada à entrevista ao JN. “Nunca fui preso, torturado, essas coisas que dizem por aí”, afirmou à revista VIP Exame em março de 1995. Essa é uma parte obscura da vida do cantor, que enfrentou sérias crises de depressão. De todos os artistas daquela geração, foi o único a não se apresentar novamente em um palco brasileiro, embora continue a fazer música.

No início de agosto de 1982, por volta de 200 pessoas testemunharam a volta de Geraldo Vandré aos palcos. Foi em uma sala de cinema em Puerto Stroessner, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Cantou do lado paraguaio. Defendia a anulação de todos os atos praticados com base no AI-5 – o que, na prática, significaria o retorno à Constituição de 1946.

“Não houve aplausos nem gritos (na entrada de Vandré)”, contou a repórter Ruth Bolognese, do Jornal do Brasil, em texto publicado dia 9 de agosto. Foram dez músicas, quase todas inéditas. “E falam em liberdade, soldados, homens fracos e fortes, homens aprendendo a ser gente.”

Era o mesmo Vandré capaz de, numa noite qualquer de um sábado de 1985, pedir para esperarmos diante de um Pronto-Socorro municipal na zona norte de São Paulo, de onde ele sairia uma hora depois disposto a discutir os motivos pelos quais a cadeira de dentista é tida como um local de sofrimento. Ou capaz de ser preso em novembro de 1974, após se desentender com um taxista em Mogi das Cruzes, interior paulista, e terminar o dia jantando na casa do delegado.

“Assim como outros grandes, o tronco Vandré resultou em vários galhos relevantes”, escreveu, em 1999, o jornalista Luís Nassif, citando Quinteto Violado – que em 1997 gravaria um CD só com músicas dele –, Geraldo Azevedo, Vital Farias e Xangai. Sábado, dia 17 setembro, talvez tenha sido realizada a única homenagem pública a Vandré: Jair Rodrigues, que imortalizou “Disparada”, e o próprio Quinteto Violado se apresentaram em Brasília, justamente onde haveria o show em 1968, quando a carreira de Vandré foi interrompida. “Sinto falta dele”, diz Jair.

Um homem que recusou delicadamente um pedido de entrevista, feito anos atrás, com a seguinte resposta, escrita à mão: “Trata-se de uma sociedade para a qual a BELEZA cumpre função secundária e dispensável. Aqueles que se ocupam da beleza têm, portanto, função secundária e dispensável”. Mas ele termina a mensagem dizendo que “sem beleza não existe O HOMEM FELIZ”. E assina: Vandré, com um PS datado de 14 de junho de 1995: “Cada vez mais distante”.

Muitos o consideram louco. Certamente, ele não tem certas convenções sociais. Nassif chamou-o de “solitário e desconexo”, “triste como a própria solidão na qual se meteu”. Mas se Vandré sempre buscou a beleza, talvez seja um homem feliz.

Vitor Nuzzi
São Paulo, 27/9/2005

68 – Cenas

junho 14, 2008

por Eduardo Sposito

Cena 16 – CASAMENTO TRAÍDO

Nós achavamos que estávamos fazendo todas as revoluções. Por isso as cerimônias de casamento também tinham que fugir à normalidade. Casei-me em 71, e não podia ser diferente.

O casamento foi realizado na capela do seminário em que estudei, no Jaçanã, zona norte de São Paulo (Hoje lá é um hospital psiquiátrico, não sei bem).

Negociei com o celebrante (que tinha sido o Diretor do Seminário) a liturgia para a cerimônia, que foi totalmente alterada. Basicamente: a noiva e o noivo entrariam juntos com os pais até o altar, onde os pais seriam dispensados com um discurso da noiva. Em seguida a cerimônia de mútua aceitação e de amor, concluindo-se com um discurso do noivo, tentando explicar o sentido da cerimônia.

Até porque, como se diria hoje, era um casamento temático. O convite foi feito num duplicador a álcool (o mesmo que foi usado pros textos da Martha Harnecker) e a capa do panfleto dizia:”Eu vivo num tempo sem sol” – que era o tema do poema do Brecht que inspirou a peça Arena Conta Zumbi.

Em resumo, se dizia que aquele não era propriamente um tempo de festas, com colegas nossos presos, torturados e desaparecidos. E que o que desejávamos era celebrar o amor e convidar a todos para participar dele.

O fundo musical era adequado para isso:

A música do Vandré, o frevo “João e Maria“, onde ele dizia que o povo andava atrás de qualquer alegria e jogou sua esperança na cantiga de João para Maria, concluindo com: “Quem sabe o canto da gente, seguindo na frente prepara o dia da alegria”.

Depois entraria o trecho da peça “Arena Conta Zumbi” em que se musicava o poema do Brecht, “Na Selva das Cidades”. Lembro alguns trechos: (alguns são do poema, outros da adaptação feita pelo Guarnieri (se não me engano) com música de Edu Lobo).

“Nasci na cidade no tempo da revolta
todos os caminhos iam dar no despenhadeiro”
“Veja bem, que preparando caminho da amizade
não podemos ser amigos: ao mal vamos dar maldade”
“É um tempo de guerra, é um tempo sem sol”(estribilho)
“E você que me prossegue, e vai ver feliz a terra
Lembra bem do nosso tempo, desse tempo que é de guerra.
Porque essa terra eu não vou ver”

Ou como dizia o Brecht:
“E você, que vem na crista da onda em que nos afogamos
ao lembrar deste tempo sombrio, pensa em nós com bondade.”

E pra encerrar, o “Caminhando” do Vandré.

E aí é que vem a traíção…à cerimônia:

O Walmar tinha ficado encarregado da sonoplastia: colocar os Lps na Vitrola na hora certa e com a música escolhida.

No lugar do “Tempo de Guerra”, ele colocou o “Universo do teu corpo” da Taiguara, o que não foi tão mau, porque a música é ótima e o Taiguara, engajado. Mas o que eu não perdoei, foi trocar o “Caminhado” pelo “Jesus Cristo, eu estou aqui” do Roberto Carlos!

Ele alegou não ter encontrado os discos, mas acho que ele tentava me “proteger” dos exageros esquerdistas.

Em todo caso não posso reclamar, porque o Walmar tinha sido vítima de um sequestro relâmpago pelos paramilitares da Operação Bandeirantes (braço armado marginal da repressão), colocado numa das terriveis Veraneios, ameaçado de morte se não se afastasse dos comunistas e abandonado num matagal.

Como se vê, foram aqueles bandidos que inventaram o sequestro relâmpago

Cena 17 – CANTIGAS DE EM…BALAR

Aproveitando a deixa da Cena 16, gostaria de lembrar músicas que embalavam o nosso (ou pelo menos, o meu) sonho revolucionário. Algumas só fizeram sucesso na época, ou só no meio dito “engajado” e hoje são pouco lembradas.

Muitas vezes uma palavra ou expressão, ou um modo de cantar adquiriam um sentido que pra nós era suficiente.

O teatro forneceu um bom repertório para isso:

O “Morte e Vida Severina” com o funeral do lavrador, (“Essa cova em que estás com palmos medida/ …é a terra que querias ver dividida”). Um trecho muito bonito era o da “Moça da Janela” que dizia que “aqui só prosperam aqueles que fazem da morte ofício ou bazar”.

O “Arena Conta Zumbi” com o trecho citado na cena 16, e cujo maior sucesso foi “Upa Neguinho” na voz da Elis.

O “Show Opinião” com Nara/Bethania, Zé Keti e João do Vale: “podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer… que eu não mudo de opinião” – e a mais conhecida “Carcará

O “Chiclete com Banana”, do Boal, baseado na música do Jackson do Pandeiro e que desmacarava a utilização da música popular pela mídia a serviços dos americanos, com trechos interessantes de entreguismo (“Até minha gente do morro só canta bolero e versão.Trocaram meu samba, coitado, por um piano alemão), até a reação contra a invasão de “mambo, rumba made in USA (iuesseei)”, cantado “Voltei pro morro, onde está o meu cachorro, meu cachorro vira-lata, minha cuíca, meu ganzá. Voltei pro morro, mas onde estão minhas chinelas que eu quero sambar com elas pelas ruas da cidade. Voltei! Voltei! Ah, se eu não mato essa saudade eu morro. Voltei”

E na época saíram Lps com as músicas dessa peças. O “Chiclete..” eu tenho.

Queria lembrar algumas que eu acho esquecidas:

Do Vandré, além do “João e Maria” da cena 16, lembro-me do “Porta Estandarte”, cantado pela Tuca, no festival da Excelsior em que a Elis ganhou com “Arrastão” de Edu e Vinicius. O refrão do “Porta Estandarte” era: “Na avenida girando o estandarte na mão pra anunciar”

Ainda do Vandré, a música do “Hora e a vez de Augusto Matraga”, mais ou menos isso:

“O que sou nunca escondi.
vantagem não contei.

Muita luta já perdi, muita esperança gastei
Até medo já senti, e não foi pouquinho não.
Mas fugir, nunca fugi. Nunca abandonei meu chão
O terreiro lá de casa não se varre com vassoura
varre com ponta de sabre, bala de metralhadora
Quem é homem vai comigo, quem é mulher fica e chora
Quero a quem anda comigo, sua vez e sua hora”

E tinha o Cesar Roldão Vieira. Se não me engano era dele, cantada pela Elis:

“Sapato de pobre é tamanco, a vida não tem solução.
Morada de rico é palácio e casa de pobre é barracão
A mulher do branco é esposa, a esposa do negro é mulher.
Mas minha mulher é só minha, e a do branco eu não sei só dele é.
A terra do dono é só dele, ali ninguém pode mandar.
Mas se eu não pegar na enxada, não tem ninguém pra plantar.”

Em resumo: não dava pra ficar alheio a isso tudo.

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

maio 18, 2008

 

Por mais “batida ” que seja,  a postagem de “Prá não dizer que não falei das flores” é inevitável. Em post de fevereiro, Orlando já tinha se referido a ela. Prá não dizer que esquecemos dela, aí vai…